Também acho interessante quando o autor parte de uma premissa absurda ou irreal para narrar uma história nos possibilita refletir sobre a sociedade, como acontece nos livros do Saramago. Em " As Intermitências da Morte", por exemplo, a morte entra em greve e ninguém no país morre. Um assunto aparentemente irreal a partir da escrita do autor nos possibilita pensar a condição humana.
Trecho do livro retirado do Skoob: "Apesar da fatalidade, a morte também tem seus caprichos. Cansada de ser detestada pela humanidade, a ossuda resolve suspender suas atividades. De repente, num certo país fabuloso, as pessoas simplesmente param de morrer. E o que no início provoca um verdadeiro clamor patriótico logo se revela um grave problema. Idosos e doentes agonizam em seus leitos sem poder 'passar desta para melhor'. Os empresários do serviço funerário se vêem 'brutalmente desprovidos da sua matéria-prima'. Hospitais e asilos geriátricos enfrentam uma superlotação crônica, que não pára de aumentar. O negócio das companhias de seguros entra em crise. O primeiro-ministro não sabe o que fazer, enquanto o cardeal se desconsola, porque 'sem morte não há ressurreição, e sem ressurreição não há igreja'. Um por um, ficam expostos os vínculos que ligam o Estado, as religiões e o cotidiano à mortalidade comum de todos os cidadãos. Mas, na sua intermitência, a morte pode a qualquer momento retomar os afazeres de sempre. Então, o que vai ser da nação já habituada ao caos da vida eterna?"
Eu não consigo separar meus autores favoritos dos meus livros favoritos. Pois, aqueles que eu considero grandes autores escreveram grandes livros, o livro e o autor estão relacionados.
PS: Na verdade um grande livro é aquele que tem algum ser mítico ou mágico!hahaha
PPS: Estou me esforçando muito para falar de livros diferentes porque se deixar todas as minhas respostas serão: Harry Potter, Jane Austen e vampiros!
Um comentário:
Gostei da sugestão de José Saramago... Preciso ler algo dele, valeu pela dica!
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