terça-feira, outubro 12, 2010

Dia 12 - Um conto

Fiquei pensando muito na proposta do dia. Será que eu deveria escrever um conto ou citar algum que eu goste? Na dúvida, fiquei com a segunda opção! Não quis escolher nenhum conto muito conhecido (esse, por enquanto, ainda não é muito conhecido) e nem autor muito conhecido (pelo menos não ainda). Então, fui no Borra de Vida e escolhi um dos textos do Luiz (nem cavei nenhum erro, tá Luizito?!). Primeiro porque eu, o Luiz e este meme temos uma relação muito próxima! Segundo porque o Luiz é meu amigo e é bom prestigiar os amigos. Terceiro, e especialmente, porque o texto é bom, o Luiz escreve bem (mas é bom não elogiar muito! :P), mesmo que eu adore "cavar" erros nos textos dele!
Vamos ao conto!

Sentiu arrepio na coluna e riu de nervoso. Não se lembrava a quanto tempo não ficava assim. Achou engraçado que suas mão estavam geladas. Suava frio. Tentava transparecer calma mas estava apavorado.Seus amigos não sabiam o que estavam acontecendo. Resolveu esconder de todos. O segredo parecia tão deliciosamente perigoso. Não se lembrava a quanto tempo vivia tão moleque. Parecia uma criança correndo atrás de um cobiçado brinquedo... Não tinha recordações de seus olhos brilhando tanto desde a vez que soltou pipa com pai aos nove anos de idade. E estava tão solto. Mesmo com o terno conseguia correr e jogas os pés bem pra trás. A gravata batia no rosto e a pasta teve que ser arremessada para deixar o corpo mais aerodinâmico

Não lembrava da última vez que ficara tanto tempo gargalhando sem nenhuma razão específica e sem nenhuma droga implicada. O excesso de riso causava dor no fígado e lágrimas... Que alegria!!! Como era boa aquela sensação. Percebeu que estava andando como se estivesse nas nuvens. Só esteve assim quando teve a primeira namorada. A doce Ângela. Nunca mais. A inflação não deixava. Tantas taxas bancárias, o desemprego, correrias, deveres e obrigações.

O que estava acontecendo com ele? Tornara-se um irresponsável? Depois de anos de seriedade. Não entendia o que estava havendo... Olhou as contas a pagar e a primeira vontade que teve foi fazer origami com cada uma delas. Conteve-se. Não era certo. Ia pagar primeiro e depois podia brincar. Nossa! Brincar! A quanto tempo, ele não brincava? Pegara no fundo do armário, os velhos carrinhos que tanto o entreteve na infância.

A família não reagiu bem... O afilhado de 3 anos, por outro lado, adorou. Brincaram por horas.

A namorada, os amigos, os pais, todos muito preocupados. Cada um tirava lenços de seus ternos e bolsas... Diziam, sérios e cinzas, que tinha que o internar. Um velho homem que passara ali interrompeu a discussão familiar. – “Deixe-o ora bolas! Ele apenas redescobriu os caminhos para felicidade...” A família o encarou com deboche. Mas ele ignorou. – “Ele está indo no caminho certo. O Homem que suspira como criança, cresce como um sábio....” Depois dessa frase, saiu sem por fim dar uma deliciosa gargalhada e desaparecer como em um passe de mágica. Enquanto isso, o enfermo da família corria de um lado para outro fazendo peixinho. A cada aterrisagem, uma sessão de risos. E a família só lamentando.

3 comentários:

Marinho disse...

que honra! que honra! Obrigado pelo carinho. Eu cavei varios erros enquanto lia mas tudo bem uhauahua
Mas eu te confesso que não lembrava desse texto uahuhua
Vc cavou um texto antigo, ein? espertinha uahuahuaa
beijos, vamos que vamos!

Lilia disse...

Adorei o conto! E adoro teu Blog "Falta do que fazer" Adoro vi aqui quando to um pouco sem saber por onde ir, e me delicio a rir, a lembrar, a me emocionar. Beijo Grande
Lilia Trajano

Lilia disse...

Adorei o conto! E adoro teu Blog "Falta do que fazer" Adoro vir aqui quando to um pouco sem saber por onde ir, e me delicio a rir, a lembrar, a me emocionar. Beijo Grande
Lilia Trajano